24 de setembro de 2009
SEDE DE VITÓRIA
"CRIAR UMA NOVA CENTRALIDADE"
OS TUBOS DA DISCÓRDIA
TENSÃO NO SEIO DA GNR
“Não há razões que sustentem tais afirmações”
JANTAR DE AUSPÍCIO BENIGNO
23 de setembro de 2009
"PUEBLA EN FIESTA"
Em entrevista ao Jornal Nordeste, Pedro Castronuño, Conselheiro da Cultura e um dos responsáveis máximos pela organização de tamanho evento, menciona que receberam “um dos melhores desfiles de Gigantes e Cabeçudos dos últimos anos”, mostrando-se muito satisfeito pela forma como decorreram as festividades, “esta deixou de ser apenas uma festa da Comarca de Sanabria para se converter numa em que participa gente de toda a província, gente que vem de outras comunidades autónomas e muitos vizinhos portugueses, devotos da Virgem das Victorias.”
A Comparsa de Gigantes e Cabeçudos é um dos maiores atractivos das vitoriadas festas, o desfile, encabeçado pelo “Negro” e a “China”, entusiasmou todos os presentes que contemplaram uns gigantes que dançam pelas ruas da vila há 161 anos nas populares festas sanabresas. Seguiram-se os gigantes, o “Rey” e a “Reina”, o “Sanabrés” e a “Sanabresa”, o “Zapatero” e a “Zapatera”, e por fim, o “Conde” e a “Condesa”.
A combinação efectiva na Puebla da Sanabria, consiste na tradição de um forte sentido religioso com um tema mais pagão, onde entram os gigantes e os cabeçudos e o fogo como substância mor do espectáculo. Desta feita, um dos momentos mais aguardados foi a actuação da Companhia de Teatro “Scura Splats”, que pelas ruas da vila presentearam residentes e visitantes com o seu show, “Factum Flama”. É de salientar também que, os mais pequenos não foram esquecidos e participaram nas tradições festivas com lides de touros de fogo infantil.
Os dias de festa oficial e tradicional na Puebla da Sanabria são 7, 8 e 9, “sempre”, faz questão de frisar o conselheiro da cultura, “se não coincidirem com sábado ou domingo, adiantam-se ou atrasam-se para apanhar o fim-de-semana”, explica.
As vítimas de Ribadelago não foram esquecidas, 50 anos após a tragédia e em sua homenagem, projectou-se o documentário “Carta de Sanabria”, rodado no Outono de 1955 e que mostra imagens do modo de vida e tradições da Sanabria, bem como a construção da barragem de Veja de Tera.
Após meio século, a tragédia de Ribadelago
Inaugurada em 1956 por Franco, a barragem de Vega de Terá conheceu uma curta existência de apenas três anos. Em 1959, chuvas fortíssimas e temperaturas extremas, que atingiram os 18 graus negativos, abateram-se sobre a Serra de Pena Trevinca. Estes dois factores, aliados à muita água acumulada na albufeira da barragem, rasgaram uma brecha de 70 metros de comprimento e 30 de altura, permitindo que 8 mil milhões de litros de água se abatessem sobre o desfiladeiro do rio Tera.
Em 20 minutos, a torrente de água, lama, pedras e árvores arrancadas pelo caminho, percorreu 8 quilómetros e chegou a atingir os 9 metros de altura. No seu percurso, a aldeia de Ribadelago fora apanhada completamente desprevenida, resultando este trágico acontecimento na morte de 144 dos seus habitantes. Somente 28 corpos foram resgatados, os restantes desapareceram para sempre no fundo do lago.

8 de setembro de 2009
MURÇA COM REAL 4X4 AVENTURA
Numa das provas de sábado, último dia da competição, Gerardo Sampaio e o seu co-piloto, que iam em primeiro lugar, tiveram um infortúnio e o seu Nissan ficou imobilizado. Valeu Jim Marsden que parou para prestar auxílio, emprestando a sua máquina de soldar, enquanto que o seu co-piloto,Mark Birch soldou o eixo. Este acto nobre de desportivismo permitiu a Gerardo sagrar-se campeão, enquanto que o inglês num Land Rover ficou com o segundo lugar, caso não tivesse parado, a equipa inglesa, seria vencedora. O terceiro lugar foi também para uma equipa portuguesa, Vasco Silva e Monteiro, ao volante de um Freelander.
Murça almejou estatuto, merecidamente, tornando-se num bastião do 4X4, onde 27 das 30 equipas permitidas, constituídas por dois elementos cada, oriundas de sete países, entre eles, Espanha, Portugal, Inglaterra, França, Alemanha e arquipélago das Canárias, vieram preparadas para a árdua tarefa de conquistarem um lugar no pódio, numa das provas mais duras, bem organizadas e competitivas de Trial 4x4, aventura em todo-o-terreno.
A destacar neste final de tarde, a SS17, que teve sob a ponte da aldeia de Varges um cenário pejado de assistência e com uma polémica à mistura, dado que, muitos dos pilotos, exceptuando os primeiros, contornaram parte do percurso (ou uma “porta”, termo técnico), pela dificuldade que lhe era inerente e porque mesmo ultrapassando-o, as probabilidades de se cometerem penalizações traduzidas em pontos ou danificar elementos vitais da viatura, eram tão elevadas que “não compensava o esforço”, diziam uns, ou então “é uma questão matemática”, diziam outros. No entanto, Gerardo Sampaio, de Guimarães, o primeiro a arrancar nesta SS17, mostrou o verdadeiro espírito de aventura superando o obstáculo de forma guerreira, levando o motor do seu 222 ao extremo e desafiando a força da gravidade.
Comparável ao mítico Camel Trophy, a região de Murça tem nos seus percursos características tão peculiares, tecnicistas e amazónicas, que estes são elogiados, desde a sua primeira edição em 2003, pois testam ao limite todas as capacidades humanas e mecânicas dos seus intervenientes. Este ano, devido ao seu alto nível competitivo, a RAINFOREST MURÇA foi unânimamente considerada, quer por jornalistas, quer por pilotos estrangeiros, como a melhor prova do género realizada em solo europeu.
As duas primeiras refeições eram tipo “ração de combate” e só no final de cada dia de provas, é que os participantes usufruíam de uma regeneradora refeição quente, todas fornecidas diariamente pela organização e servidas no acampamento. O descanso, também em acampamento, serviu, acima de tudo, para saudar o convívio e consequente estreitamento de laços entre todos, numa verdadeira prova selvagem, onde interessou, acima de tudo, o contacto com a natureza, a amizade e a paixão pelo todo-o-terreno.
No último dia, sábado à noite, das 23h as 3 da madrugada de Domingo, mais de 4000 pessoas assistiram à última super-especial que teve lugar nas portas da cidade
Organização sem reparosA responsabilidade a nível organizativo, girou em torno de 3 pessoas: Alvaro Aznar, dirigente máximo da SinLimite Off Road, empresa encarregue de todos os pormenores organizativos; José Rodrigues, responsável por todo o perfil e dinâmica da prova, um trabalho de vários meses que incluiu road book para equipas, concorrentes, jornalistas e público; e, por último, Agostinho Pacheco, um colaborador de Guimarães e aficcionado do TT, que desempenha um papel deveras importante, sobretudo, no decorrer da prova, já que é ele que trata da relação com os concorrentes, servindo de tradutor, pois domina várias linguas. Uma organização que garantiu o sucesso de mais uma RainForest Murça e que, para isso, em seis dias, pouco ou nada dormiu. “Um esforço bem recompensado”, sublinha José Rodrigues, isto porque Murça recebeu por intermédio de quem os visitou, uma quantia na ordem dos 150.000€, investidos em comércio, restauração, produtos regionais, hotelaria e combustiveis, entre outros.
1 de setembro de 2009
AO MELHOR TEMPO
Numa noite de temperatura amena, propícia à prática do desporto automóvel, e com uma massa humana apetecível, os brigantinos apoiaram em força os 17 pilotos participantes no decorrer de todo o trajecto da prova, que foi dividida em três divisões. A Divisão I, para automóveis de tracção à frente (incluindo transformados), a Divisão II, para carros de tracção traseira (onde se incluem também os transformados), e por último, a Divisão III, para automóveis sem alterações de origem.
MISS EMIGRANTE ELEGE...
A princípio havia cerca de 30 candidatas, depois de duas eliminatórias restaram apenas 10 para a grande final, onde apenas três foram as eleitas. A Miss Emigrante, Joana Martins Gonçalves, e duas damas de honor.
Desenvolvidas várias actividades que foram em torno da eleição da Miss Emigrante, entre elas, a oportunidade das candidatas visitarem o castelo, bem como a cidade e suas várias artérias, percorridas no comboio turístico e, no próprio dia do desfile, no Azibo, a louvar uma acção de sensibilização para limpeza das suas praias fluviais.
Miss Emigrante 2009, a primeiraCom pais emigrantes e, actualmente, a morar em Vinhais, Joana Martins Gonçalves, de 21 anos, estudou na Covilhã onde tirou a Licenciatura em Jornalismo. Agora, de armas e bagagens para Lisboa, irá tentar a sua sorte, profissionalmente falando, pensa que para ter sucesso será preciso começar na capital, onde fará por trabalhar em televisão. “Temos que ir à luta e aí vou eu! Esse é o meu mundo, o jornalismo, não a moda”.
ALIMENTAR SALUTAR
Com 4 monitores de serviço responsáveis pelas crianças desde a manhã ao final da tarde, e com visitas recorrentes às várias instituições da cidade, como a PSP, GNR, Parque Natural de Montesinho, hipismo na Associação Equestre de Bragança, entre outras actividades, decidiu-se, desta feita, previligiar uma alimentação saudável.
Num jantar que contou com perto de uma centena de pessoas, Cátia Cavaco agiu de anfitriã para pais e crianças, ao lado de outras figuras da junta, nomeadamente do presidente. Comida saudável, sem dúvida, mas que não agradou a gregos e troianos, isto porque, “não podemos comer só aquilo que gostamos mas devemos antes comer aquilo que devemos e que, a curto, médio e longo prazo, nos trará certamente benefícios profícuos”, defende a dietista que uniu crianças ao redor de tachos e panelas numa experiência que divertiu tudo e todos, incluindo os mais apreensivos a princípio.
A MONTRA DAS BANDAS BRIGANTINAS
Segundo Paulo Xavier, “as verbenas eram uma tradição antiga perdida no tempo há mais de 30 anos e recuperada em 1998 por iniciativa da Junta de Freguesia da Sé”. Actualmente, no âmbito da comissão das festas da cidade de Bragança, continuam a ser uma “espécie de introdução” às festividades propriamente ditas e desempenham um papel importantíssimo para jovens e bandas de Bragança. Quando houve essa reactivação, havia já “uma perspectiva muito clara, colocar no palco aqueles músicos da região que têm poucas oportunidades de se mostrarem à nossa gente e que pudessem ter uma noite deles em que pudessem dedicar a sua música à família, aos amigos”.
O facto é que há hoje mais de 20 bandas de garagem, ao contrário do que acontecia antes de 1998, onde havia apenas 4 ou cinco bandas porque miúdos queriam tocar, ter um palco e a oportunidade de mostrarem o seu trabalho, mas simplesmente não tinham onde nem quem os ajudasse a concretizar esse sonho. “Com um palco ao seu dispor, as bandas sentem-se incentivadas e as verbenas conferem, precisamente, a motivação e a oportunidade para elas mostrarem o seu valor, esse foi o pensamento que esteve na base dos nossos objectivos”, reitera Paulo Xavier.
Enquanto os jovens andam ocupados com a música, não se metem noutras coisas, falava-se na Praça Camões. Mas também a nível económico, as verbenas são um bem essencial para escolas de música e casas de instrumentos, gerando todo um negócio paralelo e que ajuda à nutrição do mercado citadino.