Um instrumento "do passado" retoma o presente aliando-se à música electrónica para terminar um círculo em vislumbrar do futuro
Integrada no último dia da Semana Africana, esteve a performance da artista Noa no Mercado Club, naquela que foi a sua segunda actuação, em Bragança, num curto espaço de tempo. Oriunda do Porto, a jovem violinista Lia Gesta, dispõe de uma formação clássica de 17 anos que lhe permite improvisar com house music.
Prestes a concluir um ano, Noa explica a origem do projecto que a tem levado aos quatro cantos do território nacional e o porquê de ter decidido aliar o classicismo próprio de um instrumento como o violino com sonoridades electrónicas, a que muitos especialistas chamam a música do futuro. “A verdade é que eu tenho muitos amigos djs como, por exemplo, o Miguel Barros. Aliás, foi ele quem me incentivou e foi pela mão dele que eu comecei a fazer improvisação com house music. A partir daí não mais parei”, revela esta virgem de signo com apenas 27 anos de idade.
Uma das sensações mais aprazíveis para Noa é quando actua sem ser suposto, isto é, quando não existe nada combinado previamente. “Embarquei num cruzeiro com outros músicos, recentemente e, a dada altura, juntámo-nos e começámos todos a fazer música. É esse tipo de situações que, a mim, mais me completa”, revela a artista, que adopta a sensualidade como um trunfo.
“Obviamente que adoro tocar ao vivo, mas desde que haja interacção com o público o resultado é sempre óptimo e enche-me a alma”, confia Noa.
A sedutora artista portuense começou a estudar violino aos 10 anos e completou o 8º grau do conservatório numa academia privada em Vila Nova de Gaia. Virada a página do passado, o futuro estará na virtude do seu próximo passo, uma carreira excepcional quando conseguir encantar o estrangeiro com a arte do instrumento que caracteriza a sua virtuosidade e sensibilidade musical.
“Não acho nada inaceitável num ser humano, agora a mentira é desnecessária. Quem sofre é quem a diz porque a outra pessoa não sabe”
“Aquilo que a mim me custa mais a ultrapassar são as decepções, sobretudo, aquelas que vêm das pessoas que nos são mais próximas. Amigos, por vezes, a família”
“Não há nada que seja desprezível, tudo é ultrapassável, depende da perspectiva com que encaras o problema”
Três desejos: “Muita lucidez, saúde e, o último, que tivesse mais mil”
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