Carrazeda de Ansiães apresenta projecto de dinamização do centro urbano que visa impulsionar o comércio local
No dia 16 de Junho, foi lançado o projecto “Promoção e Dinamização do Centro Urbano de Carrazeda de Ansiães”. No centro da vila, o acontecimento iniciou-se através de uma “maniflash”, onde participaram centena e meia de alunos do Agrupamento de Escolas de Carrazeda de Ansiães.
Depois, no Centro de Apoio Rural, deu-se a apresentação do projecto da Urbeansiães, co-financiado em 70 por cento pelo SIAC num valor total que ronda os 283 mil euros. De todas as acções aprovadas, com o intuito de revitalizar o comércio local, destacam-se o “desfile de moda”, a “Feira da Maçã, Vinho e Azeite”, a “Feira das Amendoeiras em Flor”, o “Comércio Vivo” e a “1ª Feira de Stocks”, entre outras. O projecto começou com a Feira do Folar, que foi realizada uma semana antes da Páscoa, e irá entender-se até ao final do mês de Junho de 2011.
A este conjunto de acções de animação e promoção comercial que visam contribuir para o aumento do volume de vendas, de visitantes e de turistas na região de Carrazeda, foi-lhe dado o nome de “Guild`Ouro”. Esta logomarca pretende oferecer uma imagem moderna adaptada às características do concelho, cobrindo todo este tipo de acções e cujo objectivo é ligar a parte do comércio tradicional ao rio Douro e ao potencial turístico da região.
“Este projecto foi submetido ao quadro comunitário de apoio e que foi aprovado à cerca de 2 meses, estamos agora a fazer a apresentação e anda, sobretudo, à volta de acções para promover e dinamizar o comércio local”, afirmou o vice-presidente da Urbeansiães e, também, presidente da Associação Comercial, Industrial de Carrazeda de Ansiães (ACICA), Nuno Carvalho,
O projecto tem um duplo objectivo, “trazer pessoas de outros concelhos para comprarem na vila e fazer com que os residentes façam aqui as suas compras, o que, geralmente, não acontece”, acrescenta.
A Urbeansiães é constituída pela Câmara Municipal e pela ACICA, que conta, neste momento, com cerca de 200 associados. No entanto, as acções organizadas pela Urbeansiães contam, apenas, com uma adesão na ordem dos 70, 80 por cento.
A Sorcingeste ajudou à coordenação da maniflash. Segundo Nuno Carvalho, “foi uma participação pontual no sentido de dar mais visibilidade ao projecto e, no fundo, mexer um bocadinho com as consciências”.
Para além do projecto, que pretende criar acções que impulsionem a imagem da região e do comércio local, foi apresentado também o livro “Pare, Escute, Olhe” do fotógrafo Leonel Castro (ex-Jornal de Notícias) e do escritor Jorge Lajinhas (cronista do JN), dois filhos da terra.
“Pare, Escute, Olhe”
“Na altura, estávamos os dois no Jornal de Notícias. O Jorge (Alijó) conhecia o meu trabalho e eu conhecia o dele. Mas não tínhamos tema! Foi, então, que decidimos fazer qualquer coisa para a nossa terra”, revela Leonel Castro, o responsável pela parte gráfica do livro.
“Quando nos apareceu a Linha do Tua, decidimos abraçar, imediatamente, a ideia, a causa, independentemente das nossas divergências, e nasceu a criança”, informa o fotógrafo de Lavandeira, uma aldeia do concelho de Carrazeda.
No final, a “obsessão” destes autores era a mesma. Impedir a construção da barragem com o intuito de salvar não só a Linha, mas, sobretudo, o Vale do Tua. “No Vale, temos a paisagem, um rio e uma linha centenária. São estes três elementos que fazem parte da nossa identidade como transmontanos”, defende Leonel Castro.
O facto de haver um documentário de Jorge Pelicano com o mesmo nome não foi coincidência, mas antes algo combinado. Apesar dos envolvidos só se terem conhecido no terreno quando preparavam as suas obras, decidiram cooperar em nome de um bem comum.
Sem comentários:
Enviar um comentário