Fiéis mostram o seu cândido apreço pela obra e pelo Homem que é o Padre Sobrinho nas suas Bodas de Ouro Sacerdotais
Com um percurso notável, ao serviço da Igreja, da fé e do conhecimento, o Padre Octávio Augusto Sobrinho Alves celebrou os 50 anos de sacerdócio. Numa data importante para a Diocese de Bragança – Miranda, a homenagem serviu de reconhecimento ao esforço e trabalho dedicado que tem desenvolvido na Igreja e pelo povo de Deus. Em clima festivo, o programa teve início na Catedral de Bragança, repleta de amigos, clero, fiéis seguidores e familiares do humilde Padre Sobrinho. “Um homem que se dedicou à música, à juventude, à educação, à liturgia, às artes e, sobretudo, soube cultivar a proximidade com os outros numa simplicidade e sabedoria imensas”, desvendou um dos autores desta reverência, Jorge Novo. “Sentimos uma emoção que ultrapassa as palavras e em que nos apetece abraçar um homem que foi para connosco um bom pastor e, por isso, merece ser louvado”, acrescentou.
“Deixei tudo para seguir o Senhor, trabalhando sempre com dedicação e, hoje, invadem-me sentimentos de alegria, uma que sempre ocupou a minha vida”, anunciou o sacerdote no final da eucaristia de Domingo. Ao almoço, o convívio continuou e teve, mesmo, direito a momentos musicais, da autoria do Grupo de Cantares da Casa do Professor e do Coral Brigantino. A comemoração das Bodas de Ouro Sacerdotais culminou com a entrega de um presente ao homenageado. “É um relógio que marca as horas de maneira diferente. Quando olhar para o relógio vai sentir que os paroquianos estão com ele”, desvendou o membro da Comissão Organizadora.
“Quem com Deus anda, nada lhe falta, só Deus basta”, disse Santa Teresa e tem-no repetido o Padre Sobrinho. “Ao longo dos anos, enquanto Pastor, foi-nos transmitindo esse ensinamento que calou fundo e, por isso, neste momento, sentimos o dever de retribuir muito singela e humildemente”, referiu Jorge Novo.
“Chegou-se à conclusão que uma vida sem Deus não faria qualquer sentido”
Sobre a evolução da Igreja em meio século de sacerdócio, o responsável pela Paróquia da Sé, Santa Maria e Gimonde reflectiu: “Houve altos e baixos como acontece em tudo o resto. Mas, no fundo, há sempre um bom porto. Eu estarei convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor, e é isso que realmente importa”.
Quanto ao futuro da religião que o clérigo apregoa, apesar de se mostrar satisfeito com a forma de estar da Igreja no mundo, ele defende algumas modificações, nomeadamente, no que concerne ao papel dos leigos. Segundo o “ilustre reverendo”, eles terão um papel significativamente maior no interior da Casa do Senhor. “Esta nova estrutura irá concretizar-se e dará, sem dúvida alguma, um novo rosto à Igreja. Os leigos devem ocupar o seu lugar, pois eles não estão na Igreja por favor, mas, antes, por direito próprio”, sustentou o presbítero, afirmando que a única diferença reside na ordenação. “Mas vós sois sacerdotes como eu! Essa foi sempre a minha posição, que os leigos ocupassem o seu devido lugar dentro da Igreja”, concluiu.
Quando questionado se é sua intenção permanecer ligado à Igreja, o eclesiástico respondeu de forma peremptória: “Até à morte!”, tão forte é o laço que os une.
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