Na final do Campeonato Nacional de Juniores em hóquei em Patins o Benfica afirma ter sido prejudicado pela arbitragem
FC Porto, SL Benfica, HC Turquel e ACR Gulpilhares, foi esta a ordem na tabela classificativa de mais uma final do Campeonato Nacional de Juniores. Integrado no calendário da Federação de Patinagem de Portugal e da Associação de Patinagem do Porto, a Final Four decorreu nos dias 25, 26 e 27 de Julho no Pavilhão Municipal de Bragança.
E não podia ter começado de melhor forma, sexta-feira passada. O primeiro jogo deu a vitória ao Turquel frente ao Gulpilhares por 8 – 7. No segundo jogo, Benfica e Porto ficaram empatados 1 – 1, num resultado muito contestado por ambas as equipas, onde as expulsões estiveram na ordem do dia. O Porto esteve bem próximo da derrota, mas conseguiu empatar o jogo nos últimos segundos do último tempo.
No sábado, o Benfica começou bem ao ganhar por 10 – 5 à equipa do Turquel. Mas o Porto esteve melhor contra o Gulpilhares, marcando 18 golos e sofrendo apenas 2. No Domingo, o dia das decisões, o Porto abriu a tarde desportiva numa vitória por 3 – 9. Dependia tudo do Benfica, em ganhar por uma margem superior a 10 golos, o que não aconteceu. Empatados em pontos, o Porto sagrou-se campeão da Final Four por goal average.
“Há que dar mérito ao Porto que eles têm uma boa equipa, mas com equipas de arbitragem de Aveiro e Porto, nós fomos prejudicados nos 3 jogos. Não quero deitar as culpas, mas é a verdade”, desabafou o guarda-redes do Benfica, João Coelho. Também o seu treinador, o brigantino Carlos Pires, afirmou terem sido “claramente prejudicados”. “É o preço a pagar por estarmos num grande clube e no maior de Portugal”, declarou.
O presidente da Associação de Patinagem do Porto (APP), Celestino Brito, revela no FC Porto o seu favorito. “Os meus sentimentos são de regozijo e de satisfação pela prestação da equipa filiada na APP e por ter conseguido mais um título. Agora, é natural algum desalento daqueles que vão perdendo e a supremacia daqueles que vão ganhando”.
Depois do Torneio dos Reis, em Janeiro, esta é a segunda organização de peso entregue ao Clube Académico de Bragança (CAB). O presidente da Federação de Patinagem de Portugal, Fernando Claro, explica-nos o porquê da escolha de Bragança num espaço de 6 meses para duas competições distintas. “Num passado recente, estive aqui num torneio e verifiquei a capacidade organizativa, a disponibilidade e uma grande hospitalidade desta gente de Bragança, e penso que não estamos a defraudar esta cidade porque queremos levar o hóquei a todo o país”, defendeu o responsável, natural de Valpaços.
DO CAMPO PARA O BANCO
Carlos Pires nasceu em Bragança e foi guarda-redes da equipa do Clube Académico de Bragança em hóquei em patins durante muitos anos, antes de ingressar num périplo por alguns dos melhores clubes nacionais. Como brigantino, tem, sem dúvida, o currículo desportivo mais extenso dentro da modalidade. No fim-de-semana passado regressou à sua cidade, agora, como treinador dos júniores do SL Benfica, para além de exercer a profissão de professor de educação física. “ Como treinador, vou ver se consigo ter a mesma sorte que tive enquanto guarda-redes, e levar uma carreira séria e com alguns êxitos”, revelou aquele que já foi um dos melhores defensores das malhas laterais do hóquei em patins a nível nacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário