6 de novembro de 2010

ORGANIZAÇÃO MAIS APURADA

Apesar de uma menor afluência de pessoas, os expositores referiram que a 9ª Feira Internacional do Norte esteve, este ano, melhor organizada

Realizou-se mais uma edição da NORCAÇA, NORPESCA & NORCASTANHA de 29 de Outubro a 1 de Novembro. Nas palavras de alguns expositores, o certame, um dos mais importantes a nível nacional para o sector da caça e pesca, contou com uma diminuição no número de vendas e de visitas. Na 9ª Feira Internacional do Norte, cujo orçamento não ultrapassou os 100 mil euros, marcaram presença 150 expositores e desenvolveram-se 14 actividades em paralelo como a largada de perdizes, o percurso TT e a montaria ao javali, entre outras.
Nesta edição, e pela primeira vez, os responsáveis decidiram agregar à Feira um dos produtos com maior relevância no concelho, a Castanha, tornando-a mais forte e poupando recursos financeiros, já que reúne três sectores indissociáveis da economia transmontana num só evento: a caça, a pesca e a castanha.
“Penso que a junção das feiras é uma aposta ganha. Acho que acrescenta à Feira, quer a uma, quer a outra. Ou seja, em separado, elas perdem, em junção ganham. O número de visitantes, apesar das condições climatéricas adversas, também, foi muito positivo”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Bragança, Rui Caseiro, da entidade organizadora do certame.


A gastronomia foi outro dos temas centrais. Mas houve várias iniciativas de destaque a valorizarem o património cinegético, piscícola, natural, cultural, gastronómico e turístico da região. Assim, no Concurso de Pintura, o 1º Prémio foi para o quadro "Peito de Faisão ao natural", de Lidador. No Concurso das Quadras Populares, o 1º Prémio foi entregue ao 1º Ciclo com o "Trabalho colectivo do 3º ano do 1º Ciclo da Escola Augusto Moreno". No Convívio Pesca de Margem ao Lúcio, o 1º lugar foi conquistado por Manuel Martins. No entanto, o maior exemplar foi pescado por Fernando Sequeira. No Concurso de Pesca Embarcada ao Achigã, na 1ª posição ficou a dupla Nuno Ezequiel e Marco Almeida. Sendo que, o maior exemplar foi apanhado pelo primeiro. Por fim, no Concurso da Castanha da Terra Fria, na Variedade Longal, o 1º Classificado foi Manuel Fortes. Enquanto que, na Variedade Judia, a primeira posição foi ganha por João Alberto Martins. Quanto à Prova de S. Huberto, a organização não conseguiu entregar os resultados até ao fecho da edição.



TESTEMUNHOS

Martinho Simão, Arte Caça, Leiria

“Já participo neste certame há 5 anos e este tem sido o mais fraco, em termos de afluência de pessoas. Não vieram quem nos interessa a nós, os caçadores. O tempo não ajudou, nem o feriado de Todos os Santos. Em Portugal, também não está fácil e tudo ajuda para que assim seja.”


Isabel Martins, Bionordeste, Macedo de Cavaleiros

“Está um bocadinho fraco porque tem havido pouca gente. Esta é a minha quarta participação e, talvez, devido à crise, tenho vendido muito menos que o ano passado. O primeiro ano foi o melhor, depois foi sempre descendo.”

 
Eladio Gomes, Cuchilleria Albacete

“Em relação a anos anteriores, não sei se será pela climatologia, as vendas baixaram muitíssimo. Mais de 50 por cento... Em Espanha, a coisa também está mal! Mas este, talvez seja o ano, em que a feira está mais bem montada. Em termos de organização vejo isto muito melhor que nos outros anos.”

 
Lúis Barros, Espingardaria Barros, Bragança

“O certame tem corrido bem, dentro desta conjuntura de crise. Tenho vindo sempre, desde o início. As vendas têm vindo a baixar desde há 3 ou 4 anos porque houve aqui feiras em que se fizeram grandes negócios. A caça é o grande factor: está às portas da morte! Mais ano, menos ano, a caça vai deixar de existir na nossa zona. E a lei das armas está péssima! Nota-se no número de casas que está a fechar.”

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