O PCP, na voz de Agostinho Lopes, crítica duramente o orçamento do governo socialista para o distrito de Bragança
A 8 de Novembro, o deputado do Partido Comunista Português (PCP), Agostinho Lopes, teceu uma crítica implacável ao Orçamento de Estado (OE) proposto pelo Partido Socialista (PS). Depois de ter estado, com a sua comitiva, na Barragem do Baixo Sabor e na Adega Cooperativa de Torre de Moncorvo, veio ao Centro de Trabalho de Bragança, onde prestou declarações aos jornalistas. Na mesa, colocou-se a divergência sobre aquilo que o PCP classifica como um “péssimo orçamento” para 2011, a crise resultante “do profundo erro das políticas de direita ao longo das últimas três décadas” e um Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) que o PCP considera como miserável.
“O que o Governo PS propõe, com o apoio do PSD, depois de todo o teatro a que assistimos nas últimas semanas, é uma brutal transferência, por intervenção do Estado, dos prejuízos do sector financeiro e imobiliário, decorrente dos negócios bolsistas e especulativos, para as costas dos trabalhadores, reformados e pequenos empresários”, defendeu Agostinho Lopes, criticando ferozmente o OE. “Era possível um orçamento que não fosse tão violentamente injusto, em matéria fiscal e social, e não pusesse em causa os três pilares do Estado Social: a saúde, a educação e a segurança social”, continuou.
De acordo com o deputado, as consequências deste OE para a região de Bragança são: a ausência de investimentos públicos para desenvolver as potencialidades produtivas da região, desemprego e a desertificação. Mas as suas orientações e medidas irão afectar o poder de compra da generalidade dos portugueses, com redução de salários, congelamento de pensões, cortes nos apoios sociais, agravamento da carga fiscal sobre os rendimentos de trabalho e sobre bens de 1ª necessidade e subida da energia, transportes custas judiciais.
Por sua vez, José Brinquete, do PCP, considera que o PIDDAC proposto pelo Governo PS para 2011 no que concerne ao Nordeste Transmontano é “um ultraje” para as suas populações. Segundo o próprio, o distrito de Bragança sofre de quatro doenças sociais extremamente graves: despovoamento, envelhecimento, isolamento e medo. “A proposta apresentada é um autêntico embuste e uma verdadeira afronta”, anunciou Brinquete, por, do bilião e setecentos milhões de euros do PIDDAC2011 a nível nacional, só virem, para o distrito, uns “risíveis” 656 mil euros.
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