11 de julho de 2010

SUAVIDADE DAS CORES

Pinturas de aguarelas são a feição de arte característica de um novo pintor nascido em Bragança

Aberta na Sala de Exposições Temporárias do Museu Abade de Baçal, no primeiro dia do mês, a Exposição de Pintura “Colectânea de Aguarelas” de Manuel Correia. Em 51 obras, pensadas, reflectidas e concebidas como espelho de um período de seis anos, transparece a olho nu a visível evolução do homem como artista.
Estão representadas nas suas pinturas localidades como Murça, Mirandela e até um quadro do Porto, mas a maior incidência dos seus trabalhos recai sobre Bragança e regiões circundantes. Por as obras serem muito diversificadas, daí ser uma colectânea, será possível contemplar, a título de exemplo, a cidadela, monumentos, igrejas, ruelas antigas, jardins, paisagens rurais e nus artísticos.
“A aguarela enquadra-se mais na minha personalidade por causa da suavidade das cores e da variedade cromática”, desvendou o engenheiro que virou pintor. Ou melhor, que decidiu colmatar a vertente profissional com aquilo que encontrou de melhor, a arte.
Em 2003, teve a sua oportunidade. Aconteceu “por mero acaso”, Manuel Correia “estava atento” e inscreveu-se num curso de aguarela organizado pelo próprio museu, sob a orientação do artista Manuel Ferreira. “É uma personalidade nacional e internacional de uma qualidade inexcedível na arte da aguarela. É um mestre e, de facto, a ele muito devo os conhecimentos assinaláveis que me procurou transmitir”, revelou o brigantino.


“Inicialmente, por brincadeira, depois, um passatempo que me foi cativando e me prendeu”, recordou o artista. E foi assim que tudo começou… Entretanto, frequentou outros cursos que completaram, de várias formas, a sua aprendizagem nos meandros artísticos nada fáceis da pintura de aguarelas.
Manuel Correia já transportou a sua arte a cidades tão distintas como Vimioso, Mirandela, Miranda, Murça e Zamora. “Quando pensei em expor na cidade de Bragança, tinha que fazer, obviamente, alguns registos do rico património natural, cultural e religioso. Nós temos zonas lindíssimas que devemos dar a conhecer e a pintura é, também, uma forma de o fazer”, defendeu.
A mostra artística estará patente ao público até 31 de Julho, com entrada livre, de terça a sexta-feira das 10 às 17 horas e aos sábados e domingos das 10 às 18 horas.





Sem comentários:

Enviar um comentário