24 de janeiro de 2011

CIRCO MEDIÁTICO

Empresário brigantino manifesta-se contra a autarquia macedense em virtude de alegadas dívidas para com empresas da região

Na passada sexta-feira, o representante de uma empresa de transformação de mármores e granitos, a Sopedra, dirigiu-se a Macedo de Cavaleiros para protestar contra a Câmara Municipal daquela localidade. A contestação de António Teixeira prende-se, alegadamente, com uma dívida de 20 mil euros da autarquia de Macedo a uma outra empresa que, por sua vez, deve à Sopedra um valor monetário que ficou por especificar.
“Não estou aqui por conta do que me deve a câmara de Macedo, mas sim por aquilo que deve aos outros empreiteiros e que não me pagam a mim por não receberem nada”, afirmou. O montante em falta, como o próprio reconheceu: “é uma insignificância! São 480 euros. Mas há pessoas que são à volta dos 20 mil euros”. Os 480 euros a que se refere o empresário derivam de um trabalho executado pela empresa sedeada em Bragança para a.autarquia, numa dívida proveniente do mês de Junho do ano transacto. No entanto, o próprio garantiu não ser esse o motivo que o levou a Macedo, mas antes o facto da Câmara estar a prejudicar empresas da região em virtude da falta de pagamento.
O individuo, mais comummente conhecido por Leitão, frisou que é “por vergonha” que os outros empreiteiros não dão a cara ao manifesto, reclamando o que por direito lhes pertence. “Sinto um bocado que as pessoas têm vergonha de se apresentarem aqui para exigir aquilo que é deles. Têm medo que, depois, não lhe entreguem as obras”, afiançou.
Quando questionado sobre que empresas seriam essas, o queixoso foi peremptório em responder: “as empresas depois que se queixem, eu não quero falar nisso. Se for necessário divulgá-las, divulgo. Mas não me interessam as pessoas que venham cá queixar-se. O problema será deles!”
O vereador das Obras Públicas e Ambiente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Carlos Barroso, manifestou-se surpreendido por toda a situação. “Em liberdade e democracia qualquer pessoa se pode manifestar e dizer o que bem lhe aprouver. E o jardim municipal é um espaço público. Se bem que, devem dizer-se verdades e nunca lançar poeira para os olhos das pessoas”, ilustrou.
O responsável garantiu, ainda, que a autarquia macedense está a tentar começar cumprir a lei no que diz respeito ao pagamento de facturas a 60 dias. Um objectivo que será atingido, segundo o entrevistado, no decurso de 2011. “O resto são fait-divers e penso que o valor é tão irrisório que nem vou comentar em particular”, realçou Carlos Barroso.
A dívida total da Câmara Municipal de Macedo atinge, actualmente, uma cifra que se estima num total de 14 milhões de euros. Enquanto que a dívida a fornecedores, ao transitar de 2010 para 2011, alcançava o milhão e meio de euros.



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