8 de maio de 2010

VANDALISMO EM SÉRIE

O resultado de uma noite pirómana no centro histórico de Bragança culminou em duas casas completamente consumidas pelas chamas

Na madrugada do 1 de Maio, os Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB) apagaram dois incêndios, em simultâneo, na zona histórica da cidade. O primeiro, pensa-se, na Travessa do Mercado, nº 12, deflagrou num antigo comércio explorado durante 12 anos por Nair Pinto, que, actualmente, está como proprietária do Supermercado Brasa na Praça Camões. “Já me tinham assaltado várias vezes, por isso coloquei a grade e estava em segurança. Quem pegou fogo, deve ter entrado por cima, pois o prédio está devoluto e deixaram lá um casaco”, afirmou a comerciante saída daquele local há cerca de 8 meses.
Segundo dados do comandante dos BVB, José Fernandes, foi depois dos bombeiros estarem em pleno combate ao incêndio na Travessa do Mercado, que o alerta para um segundo foi dado, desta feita na Rua dos Gatos, nº 94. Este último incêndio aconteceu numa casa anteriormente habitada por uma idosa, que saiu para um lar há cerca de três meses, segundo informações dos vizinhos. Ambas as casas ficaram completamente destruídas, mas os alegados autores dos actos de vandalismo, ainda partiram um vidro das traseiras do Supermercado da Sé, na Rua Oróbio de Castro, com 1 garrafa cheia de vinho do Porto, da marca “Ferreira”, como contou Fátima Alves, empregada no estabelecimento comercial.


Apesar de indicações dadas por um ou outro vizinho, que as bocas de incêndio não teriam água, o comandante dos BVB desmentiu tais insinuações, afirmando que há disposição dos bombeiros estiveram três bocas de incêndio. “Uma na Rua Direita, perto da Charcutaria Poças, que serviu para reabastecer 2 viaturas, outra, também na mesma rua, próxima das escadinhas e, por fim, uma terceira, ao fundo da Rua dos Gatos, que foi a primeira a ser usada em combate directo ao incêndio”, revelou José Fernandes. O comandante da corporação acrescentou, ainda, que a Rua dos Gatos é o local mais perigoso na cidade em caso de incêndio, por ser numa zona histórica de difícil acesso onde, apenas, consegue entrar, de traseira, um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI). A casa habitada, paralela à consumida pelas chamas na Rua dos Gatos, ainda foi vítima de estragos, devido à água e ao fumo infiltrados. No local, estiveram 5 carros de combate a incêndios e 25 homens.


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