20 de outubro de 2010

TALHAS "NÃO É UM MAR DE ROSAS"

Ex-jogadores do Grupo Desportivo e Recreativo de Talhas da época 2009/2010 acusam direcção de má gestão e de falhar pagamentos

Apesar da nova época do Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Bragança já ter arrancado, para os ex-jogadores do Grupo Desportivo e Recreativo de Talhas de 2009/2010, a época transacta, ainda, está longe de terminar.
Em carta enviada à redacção do Jornal Nordeste, os antigos jogadores, afirmam que a Direcção assumiu, entre alguns compromissos, o de honrar todos os acordos realizados com os seus atletas.
No entanto, e de acordo com os próprios, apenas os cinco atletas que permaneceram no plantel deste ano, viram os compromissos honrados. Ao contrário dos restantes 14 que, cito, “nem sequer uma palavra de consideração tiveram direito por parte de algum elemento da referida direcção ou exterior a ela”.
Ao que se conseguiu apurar, em falta estarão prémios de jogo dos respectivos atletas. “Nesta regional nem tudo é um mar de rosas. Pormenores pequenos, que se tornam grandes, pela falta de Honra e Dignidade de algumas pessoas, para com o compromisso desportivo e o que ele representa na realidade”, é dito na carta.
O presidente da direcção do Talhas, Paulo Pires alega: “Os jogadores ainda não foram pagos na totalidade, mas já receberam os ordenados. Aquilo que ficou pendente foram os prémios de jogo. Mas nós dissemos ao jogadores que durante esta época irão ser pagos. Agora, não depende só de mim. Depende dos subsídios da Câmara”.
Segundo fonte interna do clube, o agora presidente, Paulo Pires, e um grupo de sócios “tomaram de assalto” o clube em Agosto de 2009. Sem eleições e à revelia de outros sócios e dirigentes, a nova direcção ficou à frente dos destinos do Grupo de Talhas.
“Deixámos 13.500 euros no banco e 4000 euros em stocks de bebidas e, ainda por cima, acusaram-nos de deixarmos pendente uma dívida à Associação de Futebol de Bragança de 9000 euros. Tinham dinheiro, que a pagassem. Aquilo que eles queriam era mudar o nome ao clube para fazer a dívida desaparecer”, denuncia fonte anónima.
O presidente do Talhas defende a falsidade de tal alegação: “tenho provas de que essa informação é falsa, pois tenho em minha posse o extracto bancário do dia em que assumi a presidência. Coisa que a anterior direcção nunca fez”.
No que respeita à dívida de 9 mil euros à Associação de Futebol de Bragança, Paulo Pires assegura: “Esse montante refere-se às inscrições dos jogadores que têm de ser feitas no início de cada época. Eu não assumo essa dívida que já vem desde 2004 de anteriores direcções. Eu, por acaso, este ano, ainda não paguei, mas vou fazê-lo”.

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