2 de junho de 2010

30horas NON-STOP

Em nome da cultura e de uma dinâmica que lhe é implícita, "a escola que não dorme"

No dia 24 e 25 de Maio, realizaram-se as I Jornadas Culturais da Escola de Hotelaria e Turismo de Mirandela. Durante 30 horas consecutivas, celebrou-se cultura com variadíssimas actividades, tais como: teatro, música, moda, cinema, jogos, seminários e um jantar aberto ao público, onde, para além dos pratos confeccionados pelos alunos, foi servida poesia a concurso.
O estabelecimento de ensino, integrado na Rede de Escolas de Turismo de Portugal, abriu a sessão, oficialmente, às 18 horas, com a actuação no jardim da Orquestra Exproarte. Seguiu-se um seminário subordinado ao tópico “Gestão de compras na restauração”, em simultâneo com a visita à exposição “Lugares de interesse”. Após ambos os aperitivos, teve lugar um concurso de poesia de tema livre concebido no âmbito da disciplina de português. “Entre público e convidados, estiveram 40 pessoas no jantar inspirado no livro “A Poesia é para comer” da autora Ana Vidal, que também nos honrou com a sua presença, tendo vindo, propositadamente, de Lisboa. As pessoas podiam-se inscrever para o jantar, no nosso site estava a composição do menu e ele era vendido tal e qual como funciona um restaurante na cidade. Os alunos só serviram o jantar”, informa a directora da Escola de Hotelaria e Turismo de Mirandela (EHTMdl), Dora Caetano.
No que diz respeito ao concurso de poesia, Isabel Ricardo, docente de português, o Cónego Valentim Bom e Maria Gentil Vaz, vereadora da educação e do turismo da Câmara Municipal de Mirandela, constituíram o júri que, entre 20 poemas, decretou Melissa Martins, de 19 anos, como a vencedora. “Não gosto muito de escrever, mas naquele dia inspirei-me e acabou por sair”, revela a estudante, já no 3º e último ano do curso de cozinha e pastelaria, e cujo sonho, a duas semanas de concluir os estudos, é ir para Inglaterra trabalhar na sua área.

 
A EHTMdl tem, no presente ano lectivo, 80 alunos repartidos por seis turmas e uma taxa de reprovação inferior a 5 por cento, segundo a sua directora, Dora Caetano

Depois do jantar, actuaram “Os Zés Pereiras”, um grupo de bombos da Associação Cultural e Recreativa de Mirandela que, também, integra o Rancho Folclórico de S. Tiago. Seguiu-se uma peça de teatro: “A história da alheira de Mirandela”.
À meia-noite teve inicio a programação nocturna, “All night long”, no espaço exterior e que se estendeu até ao amanhecer. A destacar, o desfile de moda e a eleição da Miss e do MISTER EHTMdl. “Desfilaram 18 dos nossos alunos, inicialmente, com fardas de trabalho utilizadas em hotelaria e, a seguir, com roupa desportiva e de noite. A Miss eleita foi Marta Costa e o rapaz foi Tiago Cardoso”, declara Dora Caetano, que acrescenta: “Eu, às 8 horas, fui a casa tomar um banho e trocar de roupa para regressar. Ainda não fui à cama!”.
A sessão de encerramento das I Jornadas Culturais da EHTMdl ocorreu, no segundo dia, às 19 horas com uma apresentação da oferta formativa, seguida de uma merenda transmontana e de fogo de artifício.

Melissa Martins, 19 anos, 1º lugar concurso de Poesia

Última estrofe do poema vencedor: “Chega a despedida, hora da partida, terminou a ilusão, cozinha não chores, porque os teus cozinheiros, levam-te no coração”

Tiago Cardoso, 19 anos, Mister EHTMdl

“Acho que esta escola é razoável, estou a gostar! Estou no 3º e último ano de Técnicas de Serviço e Restauração de Bebidas, estou quase no fim, mas ainda não sei que fazer no futuro. Gostaria de trabalhar nesta área, mais em bar, isso é certo! Agora, quanto à cidade, não tenho preferências”

Marta Costa, 22 anos, Miss EHTMdl

“Eu ando no 3º ano de Técnicas de Cozinha e Pastelaria. Quanto à escola, acho-a fantástica, quer a nível profissional, quer a nível de ambiente, porque nos faz sentir em casa. Em termos de futuro, pretendo continuar na área e seguir com o curso para a frente. Quero tirar gestão ou técnicas de cozinha avançadas”

Jorge Fernandes, 26 anos, chefe de cozinha

“Esta minha experiência aqui foi muito boa. Acho que conseguimos ou que estamos a conseguir dinamizar a escola e, penso que, alguns frutos deste trabalho já estão à vista. De 80 alunos, eu estou à frente de 40. Ensino-lhes confecção, bases, uns toques de cozinha de autor e passados 3 anos eles saem de uma forma interessante. Tanto é que, alguns ex-alunos já estão em bons locais a trabalhar. Isso é muito positivo, tanto para nós, professores e escola, como para eles.”

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