3 de dezembro de 2010

19 MESES TEM O CALENDÁRIO

Apresentado Calendário da Biodiversidade que visa dar a conhecer as diferentes espécies animais e vegetais em Trás-os-Montes

A 17 de Novembro, decorreu, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) a apresentação do Calendário da Biodiversidade em Trás-os-Montes. Esta iniciativa, promovida pelo Centro Europe Direct de Bragança, procura dar a conhecer as diferentes espécies animais e vegetais presentes na região, bem como os ecossistemas (naturais e agrários) em que se enquadram, enfatizando as múltiplas utilizações humanas dos mesmos. Foi, também, dado particular relevo às Políticas Europeias de Conservação da Natureza e do Desenvolvimento Rural que têm contribuído para a preservação destas espécies/ecossistemas, bem como à sua articulação com os residentes rurais.
A coordenadora do Centro de Informação Europe Direct, Sílvia Nobre, explicou o porquê do Calendário ser constituído por 19 meses. “Já que iríamos fazer o esforço e dado existirem muitas fotografias, a ideia foi fazer mais do que um ano. Sair, ainda, em metade de 2010, para assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade, mas, enfim, não acabar já. Estamos a apresentá-lo agora e, ainda, temos um ano pela frente. Como havia muito que mostrar e muito de que falar caiu-se um bocado no exagero. Mas fez-se!”, justificou.
Para cada um dos meses, as fotos seleccionadas ilustram aspectos da fauna e flora de habitats naturais e ecossistemas agrários representativos de cada mês e época. Para além de uma breve descrição das imagens e do seu significado, é, também, dada informação acerca da relevância das espécies silvestres e agrícolas em causa, e realçada a sua utilização.


“Resolvemos aproveitar o know-how e o acervo fotográfico dos docentes da Escola Agrária, bem como dos seus contactos, para fazer um calendário evocativo dessa biodiversidade, quer agrícola, quer dos ecossistemas naturais, quer, também, da utilização dessa biodiversidade pelas pessoas”, revelou.
O Centro, sediado no IPB, pretende, ainda, divulgar as políticas europeias de conservação da natureza e de desenvolvimento rural, que beneficiam a manutenção da biodiversidade. É, nesse sentido, que a Rede Natura 2000 identifica os ecossistemas e as espécies interessantes a nível europeu. No entanto, este calendário, foca, em particular, a região de Trás-os-Montes.
“A política de desenvolvimento rural permite financiar agricultores que fazem, no fundo, uma agricultura tradicional. Não sendo muito rentável, essa política tem tido uma acção importante na manutenção da biodiversidade, fomentando-a”, afirmou Sílvia Nobre, referindo-se, a título de exemplo, aos subsídios a lameiros, às indemnizações compensatórias dos bovinos de raça mirandesa e de algumas raças de ovelhas. O objectivo último desta política de desenvolvimento rural é manter a agricultura tradicional transmontana. Algo que tem sido feito com sucesso, de acordo com a coordenadora.

 

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