Motocruzeiro apresentou calendarização de actividades para 2010 e homenageou o falecido motard Alberto Patrício
No dia 15 de Janeiro, eram as 19h quando a sede do MotoCruzeiro começou a servir de ponto de encontro para alguns dos motards brigantinos que, por volta das 20 e 30, se juntaram aos restantes no restaurante “Rota dos Sabores”.
No Mercado Municipal de Bragança, estiveram cerca de 140 adeptos das duas rodas, para um “Jantar dos Reis” que simbolizou, não só o encerramento de um ano de trabalhos por parte do Moto Clube, como também, e já vem sendo hábito, a abertura oficial de 2010, com a apresentação do calendário anual de actividades.
“No início de cada ano, sendo este o vigésimo, aproveitamos este Jantar dos Reis para, além do convívio, o primeiro de cada ano, mostrarmos aos sócios o plano de trabalhos para 2010. Iremos ter novas actividades e outras que recuperámos, pois houve alturas em que as deixámos de realizar, como são os casos do Raid Bragança – Zamora e do Moto Rali, este último integrado no troféu da Federação Nacional de Motociclismo. Para além de outros eventos, como o Montes de Emoções em Vinhais, uma etapa do Campeonato Nacional de Todo – Terreno e a prova de velocidade na zona envolvente à Rotunda dos Touros, entre outros”, afirmou o presidente da direcção Francisco Vara.
No jantar, entre os associados, estiveram convidados, autoridades e entidades como o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes. No final, foram entregues diplomas de mérito a pessoas que se destacaram nos meandros do Clube. A destacar, entre os homenageados, um sócio falecido, recentemente, na Madeira, o motard Alberto Patrício. “Entristece-nos muito este tipo de acontecimentos, sobretudo, quando se trata de sócios do Moto Clube. É em momentos como este que, aproveitando para recordar, os distinguimos com o diploma de mérito. É uma forma de reconhecimento da nossa parte. São momentos arrasadores, aos quais não lhes podemos virar as costas”, declarou o dirigente, ao volante do Moto Clube desde a sua fundação.
Francisco Vara não se cansou de mencionar a abertura da sede como um dos momentos altos da sua direcção, “temos um espaço, modéstia à parte, muito bonito. O Motocruzeiro já tem uma casa e o mais importante de tudo, ao longo destes 20 anos, foi mesmo a abertura desta sede. É uma nova vida! Um espaço onde temos a nossa estrutura, que aproveitamos para divulgar eventos e onde podemos trabalhar e estar com os sócios, convivermos. É, sem dúvida, uma mais-valia!”
Prestes a concluir duas décadas de existência, a 15 de Abril, o Moto Clube levará a cabo, no final de 2010, uma assembleia-geral com eleições, mais concretamente, no dia 28 de Dezembro. “Sou, uma vez mais , candidato, pois não tenho condições de me afastar, dado os compromissos assumidos, quer com a obra, quer com pessoas e entidades envolvidas”, adiantou Francisco Vara, presidente do Moto Clube desde a sua fundação.
O último cartão de sócio, passado no próprio dia do jantar, a 15 de Janeiro, foi o número 947, se bem que, “muitos associados não estão no activo, uns porque já faleceram, outros porque se afastaram ou mudaram de atitude, mas, entretanto, aparecem novos sócios. Actualmente, teremos acima dos 500 no activo, um número excelente, talvez incomparável com o resto do país”, argumenta o presidente.
“Não há dinheiro e as famílias não têm rendimentos suficientes para andar de mota porque é uma actividade dispendiosa”
António Frias, um dos fundadores do MotoCruzeiro, sócio número 15, e concessionário da marca de motociclos Yamaha para o distrito de Bragança, começou, desde garoto, com as bicicletas, mas cedo veio o fascínio as motas. Durante 7 anos, participou em competições, a nível nacional, de todo-o-terreno. Nos últimos 19 anos, tem acompanhado o mercado, sobretudo, depois de se estabelecer no comércio dos motociclos. A sua deslocação mais recente, aconteceu ainda este mês de Janeiro, e levou-o à maior concentração de Inverno Europeia, levada a cabo em terras espanholas. No entanto, destaca a “ida a Roma, de visita ao Papa, como um dos pontos altos do Moto Clube. Mas todas as actividades desenvolvidas durante o ano são bastante interessantes, pena que não haja uma adesão massiva por parte dos sócios. Eu tenho participado em mais de metade dos eventos levadas a cabo pelo clube e, actualmente, a minha preferência vai para os passeios na sua vertente mais turística. Também são aqueles que dão menos despesa porque, hoje em dia, temos de contar com o aspecto financeiro. Quem manda é a economia, há uns 5 ou 6 anos atrás, estávamos no auge da venda de motas, da participação em eventos, mesmo das saídas de motas e dos passeios. Hoje em dia, não se fazem e não se vende. Porquê? Não há dinheiro e as famílias não têm rendimentos suficientes para andar de mota porque é uma actividade dispendiosa. Neste momento, o negócio está fraco, tendo-se registado um decréscimo enorme nas vendas, cerca de 50 por cento. Há coisas mais importantes do que andar a passear de mota e Bragança não é uma cidade, nem mesmo um distrito, que permita ou que seja necessário andar de mota. Quem anda nesta região é mesmo quem gosta verdadeiramente de motas e tem que ter um rendimento razoável que lhe permita andar,
Calendário das primeiras Actividades para 2010
6 de Fevereiro – Feira do Fumeiro em Vinhais
12/13 Março – Amendoeiras em Flor
26/ 27 de Março – Passeio TT Bragança – Zamora
10 de A bril – Rampa de Gimonde
18 de Abril – Dia do Clube
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