14 de janeiro de 2010

MAIS JORNALISTAS ASSASSINADOS


O número de jornalistas mortos no mundo, em 2009, subiu para 68 após um massacre nas Filipinas

O grupo, que defende a liberdade de imprensa, disse que o número ultrapassa as 42 mortes em 2008 e bate o recorde anterior de 67 mortes registado em 2007 quando a violência no Iraque estava no auge. Este foi, aliás, durante seis anos, o país mais letal para os jornalistas.
Este ano, o Iraque caiu para a terceira posição na lista dos destinos mais mortíferos para repórteres. As Filipinas ficaram no topo da lista com 32 mortes, 31 delas ocorridas durante um massacre no sul do país em Novembro.
A Somália, que segundo agências de segurança ocidentais se tornou um porto seguro para militantes, incluindo extremistas estrangeiros ficou em segundo, com nove mortes de jornalistas.
"Este foi um ano de devastação sem precedentes para os media mundiais, mas a violência também confirma tendências de longo prazo", divulgou o director – executivo do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Joel Simon.
"Os agressores presumiram, com base nos precedentes, que nunca seriam punidos. Quer as mortes sejam no Iraque ou nas Filipinas, na Rússia ou no México, a mudança dessa presunção é a chave para reduzir o número de jornalistas mortos", afirmou.

Todos, à excepção de duas das vítimas de 2009, eram jornalistas locais, disse o CPJ

Os jornalistas assassinados no massacre das Filipinas estavam entre as 57 pessoas mortas após pararem num posto de fiscalização quando estavam a caminho para participar na cerimónia de nomeação de um candidato às eleições do ano que vem.
Quatro jornalistas foram mortos no Paquistão, três na Rússia, dois no Sri Lanka e no México e um na Venezuela, no Nepal, em Madagáscar, na Nigéria, no Azerbeijão, na Indonésia, em El Salvador, na Colômbia, em Israel e nos territórios palestinos, no Irão, no Afeganistão e no Quénia.
Cerca de três quartos dos jornalistas assassinados em 2009 foram alvejados em retaliação ao seu trabalho, 11 foram mortos no fogo cruzado em situações de combate e sete morreram em coberturas perigosas, como protestos e operações policiais.


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